quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Someone Like You...

Tem dias que as lembranças insistem, dias em que cada canto da cidade parece um pedaço de memória que te faz tremer por dentro. Nestes dias o telefone do passado insiste em tocar até se fazer ouvir. Dias em que tudo que queremos é a velha máquina do tempo, aquela que te faz voltar pra fila do banco onde você abriu mas que uma conta, abriu o coração, sem saber, sem querer, pra ter a oportunidade de ver, de ter, ainda que momentaneamente... Dias em que a saudade e a vontade de ter e de ver é quase como uma "fome", como diria sabiamente Clarice Lispector, fome da presença, do aconchego dos braços,  mas ai você percebe que os mesmos braços que te faziam sentir amor, esfriaram como o Jack no Atlântico Norte e tudo que você conseguia pensar era: "O que diabos está acontecendo?" É uma desgraça antever, ou melhor, sentir o fim, no beijo, no abraço e no olhar que foge e não mais fixa.

Hoje eu só queria esquecer! Como em um exercicio de Alemanha pós-nazismo, queria que o esquecimento fosse matéria obrigatória aos meus cansados neurônios, queria poder esquecer, pra não estar olhando o celular com o canto dos olhos pensando em mandar uma daquelas mensagens estúpidas de: Você ainda lembra do beijo, no dia de chuva, na voz da Vanessa da Mata? E o pior seria ouvir: That you found a girl and you're married now... Fuck, life is good. hahahahahha



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O feminismo de cada dia.

Feminismo. Ouço tantos discursos, tantos posicionamentos e tanta intolerância que me custa ter uma posição que não seja: "Danem-se todos". Mas, como prefiro sempre o caminho da tolerância, escolhi ser tolerante e formar minha própria opinião sobre a questão em voga. 

A questão central pra mim parece ser os lados: Feministas,  homens, mulheres sem noção, igreja, etc... Ai vemos como a situação se complica. 

Primeiro deixe-me explicar o contexto histórico. O feminismo surgiu, não como a versão feminina do machismo e sim em contraposição ao mesmo. Dizer que o feminismo e o oposto do machismo e como dizer que a luta dos negros em prol de direitos civis, foi feita em contraposição a luta branca( hahahah) pelos direitos civis. Entende a questão agora? O feminismo nasceu, como necessidade de uma minoria ( Usamos minoria não em relação a quantidade e sim a situação) oprimida de se posicionar como pessoas e cidadão.

As primeiras feministas lutavam por direito ao voto, pela inserção da mulher no mercado de trabalho, por salários e condições igualitárias, pela necessidade de reapropriaçao do corpo feminino e especialmente pela apropriação do "ser mulher", por uma definição e construção das mulheres pelas mulheres.

As teóricas feministas e as militantes (digo, de brigar na rua, sorry Beauvoir!! hahaah) estão escrevendo, esmurrando e sendo esmurradas, pela liberdade de corpo e pensamento das mulheres, há muito tempo. Isso e fato. Muito já foi conquistado e hoje as escolhas já podem ser feitas e os direitos já estão (teoricamente) conquistados pelas mulheres. Pelo menos os básicos. 

Então qual e o problema Suzana? O que te incomoda? Vamos lá. Me incomoda o fato da existência de grupos como o Femem, de mulheres idiotas a ponto de não entenderem que ter direito e liberdade sobre seu corpo, não significa que você deva expô-lo em fantasias que são fetiches masculinos e achar que isto esta mostrando aos homens como vocês são poderosas. "Lutar com as armas que temos" não e exatamente se vestir de empregadinha, ou mostrar os peitos na rua. Isso e baixaria, ok Sarah Inverno? (por sinal, ainda tem bolo de chocolate??) kkkk As mulheres vem usando o poder da sexualidade em seu favor e para vencer suas batalhas há muito tempo, mas não dessa forma. Cleópatra usou, Ester usou, Teodora usou e Simone de Beauvoir usou. A diferença e que elas conseguiram o que queriam e vcs só conseguem que um bando de homens idiotas se masturbem na frente da tv. 

Me dá raiva que grupos de dentro do movimento feminista, ainda vejam as mulheres que escolhem ser donas de casa como idiotas, ou ser mãe como algo fora do "padrão". Oi?? O feminismo esta ai para possibilitar a LIVRE escolha da mulher, de ser mãe ou não, de ser dona de casa ou não, de gostar de moda ou não, de votar ou não (ok, no Brasil nem mulheres nem homens tem esta opção. Viva a democracia. kkkk) e claro de mostrar ou não os peitos em lutas feministas. kkkkk Eu sou tolerante, já disse, Mas discordo terminantemente da formula.

Outra coisa que me incomoda e a igreja. Ela  deveria ser a maior fonte de fortalecimento dos movimentos sociais, entre eles o feminismo. Especialmente as igrejas ditas protestantes, afinal o nascimento da igreja protestante veio da não conformidade com a injustiça. Jesus protestava, era um inconformado com injustiças e falcatruas. E as igrejas o que fazem? Se importam mais em barrar os direitos civis dos homossexuais e olhar o tamanho das saias das irmãs do que de fazer a diferença. Líderes religiosos que se entregaram as causas sociais estão ai para provar o que a verdadeira igreja deve ser e fazer. (Martin L. King, etc.) As feministas também tem o direito de ter religião, de acreditarem em Deus, assim como de não acreditarem. Mas quando acreditarem e adotarem uma religião, as mulheres tem o direito de serem tratadas como pessoas, dignas de direitos e com deveres a serem cumpridos. E a igreja, haja vista a sociedade machista, deve ser a diferença e tratar as mulheres como iguais, assim como defende-las ante o machismo e apoia-las quanto ao feminismo. Não estou dizendo que a igreja deve ir contra suas convicções e aceitar: casamento entre mulheres, aborto, nudez, sexo livre etc. Afinal, se você quer estar em uma igreja, deve seguir as normas da casa, assim como segue em uma universidade, condomínio, etc. A questão e mais no tocante aos direitos, a pessoa da mulher, ao respeito e a igualdade de tratamento que merecemos e que sabemos não existe na grande maioria das religiões. Repensar as atitudes e o papel de todo ser humano que pretende melhorar, especialmente se a criatura se diz conectada com Deus.

Os homens nem se fala. Muitos estão repensando suas atitudes, mas a grande maioria ainda se pretende donos e senhores das vontades, da alma e do corpo femininos. Gente, que coisa mais mainstream. Vão cuidar da própria vida, aprendam que somos parceiros, não donos. Um pouco de sensibilidade ajuda, pra entender que até nas diferenças somos iguais, que não significa não, que talvez e (na maioria das vezes) não. E que somos donas e senhoras de nossas vidas, assim como vocês são das suas. A decisão de uni-las, seja através do casamento tradicional, namoro, noivado, morar junto etc...Não e para termos um dono, assim como não queremos ser donas de vocês, somos parceiros. 


Bem, isso não e nem metade do que quero falar, mas já deu... hahahahha


bjs de luz e musica pra alegrar o dia e reforçar as palavras.

p.s. Meu computador esta sem acentos, o word corrige as palavras mas a diferença entre e e e com acento, ele nao identifica, olhem o contexto lindinhos. Sorry.







quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Amanheci e adormecerei cansada...

Estou escrevendo um post para dizer que estou cansada das pessoas. Não é um simples cansaço, daqueles que você tem quando seu namorado lhe deixa, ou quando você briga feio com sua mãe. É aquele cansaço desesperador que lhe atinge quando vc está de TPM  quando você encontra o tédio e a desesperança em tudo e em todos.

É apenas patético, como as pessoas tentam preencher suas vidas com momentos e com pessoas que não estão nem ai . kkkkk Se enchem de dinheiro( não estou dizendo que dinheiro é ruim), de bens de "amizades", de "amores", de casamentos, sexo, etc. Enquanto suas almas apodrecem lentamente, em um recanto obscuro de si mesmos. Isso me cansa.

Me cansa também as exigências e demandas. Ahhh coisa terrível é você se sentir encurralada. Sentir que as pessoas estão te cobrando muito mais do que você quer, ou está disposta a dar. Me cansa a hipocrisia de gente que finge fazer o bem, enquanto se ocupa com suas próprias vidas. Me cansam as promesas quebradas e as não ditas. Me cansam os olhares, as palavras... Me cansa o mundo, cada vez mais entregue e obscuro.

Tenho tédio de acordar toda manhã para fazer atividades que me desestimulam e pessoas que me dão sono. Tenho raiva de viver buscando um padrão, de viver através de normas que prendem e religiões que machucam e fazem o oposto de seu papel de "ponte" entre nós e Deus.

E mais do que tudo, quero me desligar, ir viver entre as plantações calmas da Toscana, onde possa colher meus próprios tomates e não me preocupar se minha roupa é ou não da marca certa. Quero não ter que me adaptar, ou de fingir pra ser aceita. 

Mas o que quero exercitar hoje é  guadar sorrisos e palavras, porque as pessoas estão usando meus sorrisos e distorcendo minhas palavras.

E eu estou cansada das pessoas...

A música vem para completar e intensificar as palavras...





terça-feira, 1 de outubro de 2013

Quando o passado volta...

Longe de mim ser a garota com mania de historiadora, ou pior, arqueológa e viver escavando um passado que, melhor manter enterrado. Mas quando esse passado pinta cores em sua existência, que você apenas consegue pensar: Existe futuro fora desta continuidade? E tudo que sua arqueológa consegue te dizer é: Avalie e continue...

É dificil pensar em algo passado e (supostamente) enterrado, quando a presença se faz constante, quando o contato é quase diário e quando os sorrisos não conseguem ser contidos dentro de você e escapam ruidosamente pelos lábios entreabertos...

A linguagem poética é quase inevitável, quando tratamos de algo que simplesmente nos faz sair do lugar comum. A vida apresenta-me mais uma vez uma encruzilhada: Lugares que estou e não gostaria de estar e lugares onde não estou, mas gostaria de estar...Novamente coloco a música onde as palavras não conseguem chegar. Música preenche, transforma, toca, liberta...


Don't tell me what to do, just tell John Mayer to stop write songs about me... 

Bom dia!

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Vida, amor, Deus.



Há alguns dias venho percebendo grandes mudanças em minha vida, coisas que aprecio e coisas que preferia, não tivessem mudado. Pergunto então o porque das mudanças e me vejo questionando Deus, onde estou? Se estou valorizando a cada dia a vida que ele me deu, proporcionando a graça de vive-la com saúde, todos os dias. Olho para trás e vejo que muito da menina que fui aos quinze anos já não mais existe, muitas da verdades que sustentava, muitas das convicções que alimentava e dos sonhos que acalentava. Vejo também que alcancei tanto do sucesso que almejei e sim, me sinto abençoada a cada dia. Mas, o que mais questiono é o aproveitamento do meu tempo de forma que um dia possa dizer que achei em minha vida contentamento. Vivemos em uma sociedade cada dia mais doente. As pessoas supervalorizão as relações passageiras em detrimento das duradouras, se usam umas as outras como objetos descartavéis, os pais procuram subistituir o tempo que passam com os filhos por bens materiais; consumismo, preconceito e intolerância permeiam todas as relações. As pessoas vivem em constante competição, levando vidas aparentemente perfeitas, enquanto suas relações e suas almas se deterioram por baixo de uma máscara de estabilidade e felicidade. O vazio, se tornou o mal do século. Vazio de amor, de doação de entrega, de alegria, de Deus. E percebo, que devo a cada dia buscar o valor das pessoas, das coisas e especialmente de minha relação pessoal com Deus. Pessoal, que fique bem claro. Não adianta termor, ou sermos religiosos, irmos duzentas vezes a uma igreja, se nem conhecemos a Deus, se não sentimos sua atuação, sua presença ou sua manifestação em nossa vida; nas relações interpessoais, no nosso trabalho, no nosso dia a dia. Exercitar o amor é exercitar Deus. E então percebo que por mais dúvidas, por mais inseguranças e tropeços, o amor Dele permanece em mim. Sou imperfeita, mas completa, porque Ele  está comigo a cada momento, manifestado em amor.


E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele.
1 João 4:16